-Ah, mar...
Porque me deixou no porto
a vislumbrar navios distantes?
Se podia seguir no mundo,
junto às ondas, sem destino,
nos instantes
-Ah, mar...
que eu seja filha das palavras,
das brumas que Castro libertou
insensatez de quem ao tempo
uns vagos instantes legou
-Ah, mar...
das espumas que cantei não restam nada
do fogo em brasa só as cinzas
da obra-prima, uns rascunhos
os sentimentos, minha sina
-Ah, mar...
quero escrever na areia branca
e suspirar em uns ouvidos
"tal desvario e tal delírio...
Ah, mar..."
Caroline Brito
Fortaleza - CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário