Circundo a atmosfera da imprecisão,
Retenho a beleza invisível do medo,
Contenho, mas não me contento.
Instigo, na mansidão, a recondução
Do passo futuro ao passo presente.
Desenho, mas não me mantenho...
Bifurcada maré no quadro da vida.
Quero Veneza em cores,
Quero Paris vestida de Veneza,
Quero Ceará em textura granulosa,
Nova Iorque em preto e branco.
Não há canto para permanência,
Morada mundo difuso é minha.
De poetizar estrelas não gosto;
De poematizar pormenores, sim!
Dispenso falatório sobre o estrutural:
Não estruturo, somente escrevo.
Flutuo sobre querelas,
Entre doces e amargos,
Entre coices e afagos,
Flutuo.
Com requinte, deslizo
Na letra, no ponto
E invento: " (.)!"
Na passarela das línguas,
Tapete vermelho, pois, para o português.
Thayza Alencar
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