terça-feira, 20 de maio de 2014

Estrela Dalva


Ei-la que surge límpida e serena
A estrela da manhã, célere avança.
Na azulada amplidão tranqüila e mansa
Banhando a Terra em claridade amena


Como este astro gentil, que nos acena,
Sois para nós, ó virgem de Bonança,
Quando perdida temos a esperança
Nos duros transes da mansão terrena;

Pois, se da vida na falaz viagem.
Fitamos nos perigos vossa imagem,
Toda nossa alma exulta e se ilumina;

E da Morte na última agonia
Ainda a luz de vosso olhar nos guia,
Resplandecente estrela matutina.

Francisco de Assis

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