sexta-feira, 16 de maio de 2014

Alonso Quijano



Neste calmo entardecer, 
Não quero ficar sozinho, 
Quero vencer o moinho, 
Ver o monstro fenecer. 
Na peleja o benquerer 
Há de suplantar a dor, 
Ter asas de um condor 
E sinais de esperança. 
Sigo firme na andança 
De humano sonhador. 

Desfazedor de agravos, 
Na defesa do oprimido, 
Sou Quixote destemido, 
Libertador de escravos. 
Sigo sem vinte centavos, 
Como cavaleiro errante, 
No passo de Rocinante, 
E Sancho de companhia. 
Eu combato noite e dia; 
Sou de Dulcineia amante.

Eliton Meneses

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