Eu lembro bem dela, e dos seus jargões de adolescente padrão. Mas seu jeito tinha algumas particularidades, incríveis, por sorte minha. Ela não tinha um time de coração, mas sempre, por dó, torcia pro time mais fraco, ou que precisasse de apoio, segundo ela. E isso sim, era torcer de coração. Ela não lavava a louça, preferia regar as plantas, dizia ser um trabalho mais dócil e eficiente. Não queria casar, e acreditava que o amor é a principal ligação, perfeita para conjugues, e isso basta para um felizes para sempre. Me via, não só como namorado. E sim como seu “best friend”, sua vítima de bullying e conselheiro diário. Tinha seus defeitos, mas eu amava todos eles. E ela se foi, do nada, sendo meu tudo. E o que dói não é o que passa, e sim o que fica do que se passou. Onde a causa é a lembrança e tem como consequência a saudade.
Tiago Vieira
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