domingo, 9 de março de 2014

Raiz-de-poesia

Qual raiz de poesia
firme-me, desarmonia
solte-me, indisciplina
que as palavras sejam livres
solfejem versos ofegantes
gritem rimas elegantes
desentendidas e disformes
sintetizem-se em arrepios
tal primeiro beijo de menina
pois a poesia só traduz
o que não compreende
só conduz ao que sente
e que as palavras tentam domar
em vão
essa elucubração indecente!

Benedito Rodrigues
Coreaú/CE
09 mar. 2014

Um comentário:

Anônimo disse...

Metapoema.
Gostei, Benedito!